Tiróide
A tiróide, é uma das maiores glândulas endócrinas. Exerce uma grande influência sobre quase todas as células do corpo. Além de regular o metabolismo e o peso, controlando o processo de queima de gordura, as hormonas da tiróide são ainda fundamentais no crescimento e desenvolvimento das crianças e em quase todos os processos fisiológicos do corpo.
Quando as hormonas da tiróide estão em desequilíbrio, todo o corpo também está. A secreção excessiva ou insuficiente de hormonas nesta glândula pode significar problemas para a saúde e bem-estar geral.
Uma pesquisa mostra que 10 a 40% das pessoas que vivem nos Estados Unidos têm função tiroidiana sub-óptima. O mal funcionamento da tiróide tem sido associado a condições graves de saúde, como fibromialgia, síndrome do intestino irritável, acne, eczema, doença de gengiva, infertilidade e doenças autoimunes. É imperativo aprender como a tiróide funciona e o que a desequilibra.
A tiróide é uma glândula em forma de borboleta posicionada dentro do pescoço, logo abaixo de laringe. Constituída por uma glândula altamente vascularizada de cor vermelha acastanhada, medindo cerca de cinco centímetros de comprimento, possui dois lóbulos localizados em cada lado da traqueia, ambos conectados por um tecido chamado istmo. Uma glândula tiróide normal pesa entre 20 e 60 gramas.
A tiróide é responsável por produzir as principais hormonas do metabolismo, que controlam todas as funções do corpo. Produz três tipos de hormonas:
Triiodotironina (T3)
Tiroxina (T4)
Diiodotironina (T2)
As hormonas secretados pela tiróide interagem com todas as outras hormonas, incluindo insulina, cortisol e hormonas sexuais como estrogénio, progesterona e testosterona. O facto de essas hormonas estarem todos interligadas e em comunicação constante explica por que uma irregularidade na tiróide está associada a tantos sintomas e doenças comuns.
Quase 90% da hormona produzida pela tiróide está na forma de T4, a forma inactiva. O fígado então converte o T4 em T3, a forma activa com a ajuda de uma enzima, o T2, no entanto, actualmente é o componente menos compreendido da função tiroidiana e objecto de vários estudos em curso.
Se tudo estiver funcionando correctamente, o corpo fará o que precisa, e terá as quantidades correctas de T3 e T4, que controlam o metabolismo de todas as células do corpo. Se a T3 for insuficiente, seja por escassez de produção ou conversão inadequada do T4, todo o sistema sofre. O T3 é extremamente importante, pois transmite ao núcleo das células para enviar mensagens ao DNA, pedindo para acelerar o metabolismo através da queima de gordura. É assim que o T3 diminui os níveis de colesterol, faz o cabelo crescer e ajuda a manter a elegância.
Os níveis de T3 podem ser perturbados por desequilíbrios nutricionais, toxinas, alérgenos, infecções e stress e isso, leva a uma série de complicações, incluindo cancro de tiróide, hipotiroidismo e hipertiroidismo, que hoje são três das doenças mais prevalentes relacionadas à tiróide.
Hipotiroidismo: a síndrome da tiróide lenta
O hipotiroidismo ocorre quando a tiróide produz pouca hormona tiroidiana, uma condição que está frequentemente associada à deficiência de iodo.
Dr. David Brownstein, um médico holístico certificado que tem trabalhado com iodo nas duas últimas décadas, afirma que mais de 95% dos pacientes em sua clínica têm deficiência de iodo.
Além disso, 10% da população geral nos Estados Unidos e 20% das mulheres com mais de 60 anos apresentam hipotiroidismo subclínico, uma condição na qual não apresenta sintomas óbvios, apenas exames laboratoriais levemente alterados.
No entanto, apenas uma percentagem dessas pessoas está sendo tratada. A razão por trás disso é a má interpretação e incompreensão dos exames laboratoriais, especialmente de TSH (hormona estimulante da tiróide). A maioria dos médicos acredita que, se o valor de TSH estiver dentro da faixa "normal", a tiróide está bem. No entanto o valor do TSH não é confiável para o diagnóstico de hipotiroidismo.
Como saber se existe hipotiroidismo
Identificar o hipotiroidismo e sua causa é complicado. Muitos dos sintomas do hipotiroidismo são vagos e se sobrepõem a outros distúrbios. Os médicos muitas vezes não identificam um problema de tiróide, pois apenas analisam alguns exames tradicionais, deixando de valorizar outras pistas.
A maneira mais sensível de descobrir é ouvindo o seu corpo. Pessoas com uma tiróide lenta geralmente apresentam:
Letargia - Fadiga e falta de energia são sinais típicos de um distúrbio da tiróide. A depressão também tem sido associada à condição. Se foi diagnosticado com depressão, exija que seu médico verifique os níveis da sua tiróide.
É essencial destacar que nem todo cansaço ou falta de energia seja atribuído ao distúrbio da glândula tiróide. A fadiga relacionada à tiróide começa a aparecer quando não se consegue manter a energia por tempo suficiente, especialmente quando comparado a um nível anterior de condicionamento ou habilidade. Se a tiróide estiver fraca, manter a produção de energia será um desafio. Notará que não parece ter energia para fazer as coisas como costumava fazer.
Alguns dos sinais óbvios de fadiga da tiróide incluem:
Sentir que não tem energia para se exercitar e, normalmente, não se exercitar de forma consistente.
Cansaço ou peso na cabeça, especialmente à tarde. A cabeça é um indicador muito sensível do estado hormonal da tiróide.
Adormecer assim que se senta quando não tem nada para fazer.
Ganho de peso - Facilidade em ganhar peso ou dificuldade em emagrecer, apesar de um programa intensivo de exercícios e alimentação controlada, é outro indicador.
Pele áspera e escamosa e/ou cabelos ressecados, ásperos e emaranhados - Se tem uma pele constantemente seca que não responde bem a loções ou cremes hidratantes, considere o hipotiroidismo como causa.
Perda de cabelo - As mulheres deveriam prestar atenção à tiróide quando ocorre uma perda de cabelo inexplicável. Felizmente, se a sua perda de cabelo estiver relacionada ao baixo funcionamento da tiróide, o seu cabelo voltará rapidamente ao normal ao tratar a mesma.
Sensibilidade ao frio - Sentir frio o tempo todo é também um sinal de baixa função da tiróide. Pessoas com hipotireoidismo demoram a se aquecer, mesmo em uma sauna, e não suam com exercícios leves.
Baixa temperatura basal - Outro sinal indicador de hipotiroidismo é uma baixa temperatura corporal basal (TBB), inferior a 36,6ºC em média num período mínimo de 5 dias. Ao acordar antes de levantar tirar a temperatura durante 10 minutos com um termómetro clássico, este procedimento durante 5 dias consecutivos. Ao fim dos 5 dias tirar a média das 5 temperaturas registadas, se obtiver uma temperatura inferior a 36,6ºC, comece a considerar a hipótese de sofrer de hipotiroidismo.
Qualquer um desses sintomas pode indicar uma hipoactividade da tiróide. Quanto mais destes sintomas se tiver, maior a probabilidade de ter hipotiroidismo. Além disso, se existir alguém na família com qualquer uma das condições abaixo descritas, os riscos de problemas de tiróide aumentam:
Bócio
Diabetes
Esclerose múltipla (EM)
Cabelo prematuramente grisalho
Doenças autoimunes, (i.e. atrite reumatóide, lúpus, sarcoidose, Síndrome de Sjogren)
Níveis elevados de colesterol
Ser canhoto
Doença de Crohn ou colite ulcerosa
Alta ou baixa função da tiróide
Quanto mais atento estiver aos próprios sintomas e factores de risco e apresentando o quadro completo ao médico, mais fácil será obter o tratamento adequado.
E se a tiróide for hiperativa?
A tiroxina ou T4 é uma hormona produzida pela glândula tiróide, que é transportada por todo o corpo na corrente sanguínea. Muitas das células e tecidos dependem da tiroxina para funcionar adequadamente.
Uma tiróide hiperativa secreta muito T4, fazendo com que algumas das funções do organismo se acelerem. Os médicos podem usar o termo "tirotoxicose" em vez de "hipertiroidismo". Essa condição é mais comum em mulheres. Cerca de oito em cada 100 mulheres e 1 em cada cem homens desenvolvem hipertiroidismo em algum momento de suas vidas. Pode ocorrer em qualquer idade.
Inquietude, nervosismo, emotividade, irritação, noite mal dormida, sentir-se como se estivesse sempre em movimento.
Dificuldade de concentração
Evacuações frequentes
Períodos menstruais irregulares
Perda de peso (ou ganho de peso, em casos raros)
Batimentos cardíacos rápidos, fortes ou irregulares
Falta de menstruação
Olhos salientes ou exoftalmia
Alguns destes sintomas podem ser imperceptíveis a princípio e depois pioram à medida que os níveis de tiroxina começam a se elevar ainda mais.
O hipertiroidismo não tratado pode levar a problemas cardíacos, como fibrilação atrial, cardiomiopatia, angina e insuficiência cardíaca. As mulheres com hipertiroidismo podem ter dificuldade em dar à luz.
Diagnosticando um problema de tiróide
TSH - Quanto maior o nível de TSH, maior a probabilidade de ter hipotiroidismo. O nível ideal para o TSH é entre 1 e 1,5 miliunidades internacionais por litro.
T4 e T3 livres - O nível normal de T4 livre é entre 0.9 e 1.8 nanogramas por decilitro. T3 deve estar entre 240 e 450 picogramas por decilitro.
Teste de anticorpos da tiróide - inclui anticorpos anti-peroxidase e anticorpos anti-tiroglobulina. Esse exame ajuda a determinar se o corpo está atacando a tiróide, reagindo exageradamente aos seus próprios tecidos (isto é, reacções auto-imunes). Os médicos quase sempre descartam esse exame.
Exame de estímulo de TRH - Para casos mais difíceis, o TRH pode ser medido usando o teste de estímulo do TRH. O TRH ajuda a identificar o hipotiroidismo causado pela inadequação da glândula pituitária.
Mesmo que todos os exames laboratoriais fiquem normais, ainda assim poderá apresentar hipotiroidismo subclínico se tiver múltiplos sintomas.
Risco de cancro da tiróide
De acordo com o Instituto Nacional do Cancro dos Institutos Nacionais de Saúde, estima-se que existam 60.220 novos casos e 1.850 mortes por cancro de tiróide apenas nos Estados Unidos. O cancro de tiróide é classificado em quatro tipos diferentes: papilar, folicular, medular e anaplásico.
Assim como com qualquer tipo de cancro, a intervenção precoce aumenta a possibilidade de remissão e recuperação.
Abaixo está uma lista de possíveis sinais de alerta de cancro de tiróide do Roswell Park Cancer Institute:
Nódulos incomuns, caroços ou inchaço no pescoço
Dor na frente do pescoço ou garganta
Rouquidão ou outras mudanças de voz que não desaparecem
Uma tosse constante que não é causada por um resfriado
Os Centros de Tratamento de Cancro da América explicam que existem certos componentes que podem aumentar o risco geral de um indivíduo para essa doença. Esses incluem:
Género - As mulheres são três vezes mais vulneráveis ao desenvolvimento de cancro da tiróide do que os homens. O cancro de tiróide papilar é tipicamente encontrado em mulheres em idade fértil.
Idade - Dois terços dos casos de cancro de tiróide ocorrem entre as idades de 20 e 55 anos.
Histórico familiar - O cancro de tiróide medular familiar, que é um tipo raro, é causado por uma mutação hereditária no proto-oncogene RET. Se herdou essa mutação genética de seus pais, a probabilidade de contrair a doença é duas vezes maior do que em outras pessoas. Ter casos de bócio, cancro de tiróide ou outras doenças relacionadas à tiróide na família.
Deficiência de iodo - O iodo é um ingrediente essencial para a secreção das hormonas da tiróide. Uma insuficiência desse nutriente pode prejudicar significativamente a tiróide.
Ambiente - Indivíduos que são expostos excessivamente ou repetidamente à radiação, incluindo radiografias diagnósticas de rotina (por exemplo, radiografia ao tórax ou odontológica) e outros materiais radioactivos, especialmente durante a infância, podem ter cancro de tiróide e/ou outras formas de cancro.
4 elementos que causam danos à tiróide
Estes são os principais factores que podem arruinar a saúde da tiróide:
Glúten - O glúten, assim como outras sensibilidades alimentares, é um notório causador de problemas na tiróide devido às suas propriedades inflamatórias. O glúten causa reacções auto imunes em muitas pessoas e pode ser responsável pela tiróidite de Hashimoto, uma doença comum da tiróide. Cerca de 30% das pessoas que sofrem de tiróidite de Hashimoto têm uma reacção auto-imune ao glúten não diagnosticada.
A sensibilidade ao glúten pode causar mau funcionamento do sistema gastrointestinal, impedindo que os alimentos ingeridos sejam completamente digeridos, uma causa comum da síndrome do intestino permeável. As partículas dos alimentos podem ser absorvidas e chegar à corrente sanguínea, onde o organismo as identifica, erradamente, como antígenos, substâncias que não deveriam estar lá, produzindo anticorpos para as combater.
Esses antígenos são similares às moléculas da glândula tiróide. Isso faz com que o organismo ataque a própria tiróide acidentalmente. Isso é conhecido como reacção auto imune, que leva o organismo a se atacar a si mesmo. Um exame pode ser feito para detectar a sensibilidade ao glúten ou a outros alimentos, aferindo os anticorpos IgG e IgA.
Chris Kresser, praticante de medicina integrativa, recomenda O Desafio Sem Glúten. O desafio envolve remover qualquer fonte de glúten da dieta por 30 dias e adicioná-lo novamente após esse período.
"Caso os sintomas desapareçam durante a fase de eliminação e voltem quando o glúten for reintroduzido na alimentação, conclui-se uma sensibilidade ao glúten", explica Kresser.
Soja- Acredite ou não, a soja não é um alimento tão saudável quanto as indústrias de alimentos e agrícolas reclamam.
Quando fermentados tradicionalmente ou de forma correcta, produtos de soja orgânicos e não processados, como o natto, miso e tempeh são bons, mas é importante evitar produtos de soja não fermentados como carne de soja, leite de soja, queijo de soja, etc.
Para saber mais sobre os males da soja, leia A História da Soja: O Lado Negro do Alimento Saudável Preferido dos Americanos.
Bromo - O bromo é um desregulador conhecido do sistema endócrino. Já que o brometo também é um haleto, o mesmo, compete pelos mesmos receptores utilizados na glândula tiróide para captar iodo. Isso inibe a produção da hormona tiroidiana, fazendo a tiróide funcionar em níveis abaixo do normal.
Quando uma pessoa ingere ou absorve bromo, ele desloca o iodo. A deficiência de iodo promove um aumento do risco de cancro de mama, glândula tiróide, ovário e próstata. Todos esses tipos de cancro ocorrem em taxas alarmantes hoje em dia. Este fenómeno é significativo o suficiente para ter seu próprio nome: a Teoria do Domínio do Brometo.
Além dos problemas de tiróide e psiquiátricos, o envenenamento por bromo pode se manifestar como erupções cutâneas e acne grave, perda de apetite e dor abdominal, fadiga, gosto metálico na boca e arritmias cardíacas. O bromo pode ser encontrado em vários elementos, incluindo:
Pesticidas, especificamente o metilbrometo, usado em plantações de morango.
Plásticos, como os utilizados na produção de computadores.
Farinha e panificados frequentemente contêm um "condicionador de massa" chamado brometo de potássio.
Refrigerantes e bebidas adoçadas e outras bebidas com sabor cítrico artificial, na forma de óleos vegetais bromados (OVBs)
Medicamentos como Atrovent para nebulização, Atrovent Spray Nasal, brometo de propantelina e agentes anestésicos.
Retardantes de chama como éteres difenílicos polibromados ou PBDEs, que são usados em tecidos, tapetes, estofados e colchões.
Quanto mais se conseguir remover os halogenetos tóxicos do organismo, mais iodo ele produzirá, o que melhora o funcionamento da tiróide. Laura Power, uma bioquímica nutricional, indica as seguintes sugestões para aumentar a secreção de flúor e bromo:
Aumentar a ingestão de vitamina C
Optar por sal marinho não refinado
Tomar banhos de banheira usando sais de Epson
Fazer sessões de sauna com infravermelho
Stress e Função adrenal - O stress é um dos principais desreguladores da tiróide. O funcionamento da tiróide está directamente ligado à função adrenal, a qual, afecta a forma como lidamos com o stress.
A maioria das pessoas está quase sempre sob o efeito do stress crónico, o que aumenta os níveis de adrenalina e cortisol no organismo. Níveis muito altos de cortisol impactam o funcionamento da tiróide. Os níveis da hormona da tiróide caem durante episódios de stress, situações em que mais são necessários.
Em casos de stress crónico, o corpo é inundado por adrenalina e cortisol, produzidos pelas glândulas adrenais. Isso interfere nas hormonas da tiróide, causando uma variedade de problemas de saúde como obesidade, pressão alta, colesterol alto e/ou níveis instáveis de açúcar no sangue. Uma reacção prolongada ao stress pode gerar exaustão adrenal, também conhecida como fadiga adrenal, que geralmente ocorre junto com doenças da tiróide.
Mas isso não é tudo. Toxinas ambientais também podem causar stress. Poluentes como petroquímicos, organoclorados, pesticidas e aditivos químicos para alimentos, afectam negativamente o funcionamento da tiróide.
Iodo - A melhor arma contra problemas de tiróide
O iodo tem o papel mais importante quando o assunto são hormonas da tiróide. Trata-se de um nutriente importante que se encontra em todos os nossos órgãos e tecidos. É essencial para a saúde da tiróide e para um metabolismo eficiente. Há evidências de que a deficiência de iodo pode causar várias doenças, incluindo cancro.
O iodo é um poderoso agente anti-bacteriano, anti-parasitário, anti-viral e anti-cancerígeno. Tem funções essenciais no organismo, como fazer a manutenção do peso e metabolismo, desenvolver o cérebro e a função cognitiva, optimizar a fertilidade e fortalecer o sistema imunológico, entre outras.
O iodo não está associado apenas à tiróide, outros tecidos também o absorvem em grande escala, incluindo os seios, pele, glândulas salivares, pâncreas, cérebro, estômago, fluido cerebral/espinhal e timo.
A deficiência ou insuficiência de iodo em qualquer um desses tecidos pode causar mau funcionamento dos mesmos. Alguns sintomas podem sugerir que não se está consumindo iodo suficiente na alimentação. Por exemplo, a deficiência de iodo em:
Salivares - Compromete a produção de saliva, causando ressecamento na boca.
Pele - Resseca a pele e compromete a capacidade de suar normalmente.
Cérebro - Diminui a atenção e os níveis de QI.
Músculos - Produz nódulos, cicatrizes, dores, fibrose e fibromialgia.
O Total Diet Study, realizado pelo FDA, relatou uma ingestão de iodo de 621 microgramas em crianças de dois anos de idade entre 1974 e 1982, comparada a 373 microgramas entre 1982 e 1991. Durante o mesmo período, a indústria de panificação substituiu os antiaglomerantes à base de iodo por agentes à base de bromo.
Além do desaparecimento do iodo dos nossos alimentos, a exposição a halogénios tóxicos como bromo, flúor, cloro e perclorato aumentou drasticamente. Nós absorvemos esses halogénios através de alimentos, água, medicamentos e ambiente. Eles ocupam selectivamente nossos receptores de iodo, agravando a deficiência desse nutriente. Aqui estão mais factores que contribuem para a queda dos níveis de iodo:
Dietas pobres em peixes, mariscos e algas
Dietas veganas ou vegetarianas
Menos utilização do iodo nas indústrias de alimentos e agricultura.
Água tratada com flúor
Contaminação por perclorado nos alimentos
Diminuição do sal iodado
Menos utilização do iodo nas indústrias de alimentos e agricultura.
Uso do iodo radioativo em vários procedimentos médicos, que antagoniza o iodo natural.
Como aumentar naturalmente os níveis de iodo
Infelizmente, mais de 40% da população mundial sofre com deficiência de iodo. Na verdade, essa deficiência está entre as três mais comuns, junto com a de magnésio e vitamina D.
Consumir alimentos orgânicos com frequência. Lavar verduras e legumes para minimizar sua exposição a pesticidas.
Evitar tomar bebidas ou armazenar alimentos em recipientes de plástico. Em vez disso, usar garrafas de vidro ou cerâmica.
Caso não se consiga evitar os grãos, procurar opções integrais e orgânicas. Se possível, moer seus próprios grãos. Procurar panificados sem bromo. Ler os rótulos e embalagens antes de comprar.
Evitar refrigerantes. Tornar a água filtrada e natural a bebida favorita.
Instalar um sistema de purificação de ozono, na banheira. Ele mantém a água limpa com o mínimo de exposição a produtos químicos.
Usar produtos de cuidado pessoal que não contenham substâncias tóxicas. Lembrar! Tudo o que se coloca na pele pode chegar à corrente sanguínea.
Em carros ou ambientes internos, manter as janelas abertas tanto quanto possível, preferencialmente em lados opostos do ambiente para que ar possa circular. Usar circuladores de ar. Poluentes químicos estão presentes em maior concentração dentro de prédios e carros.
Caso se tenha deficiência de iodo, é recomendável procurar um profissional de saúde e fazer um exame à urina.
Estratégias simples para melhorar a saúde da tiróide
Identificar e tratar causas subjacentes. Descobrir o que está desencadeando problemas de tiróide, seja deficiência de iodo, desequilíbrio hormonal, inflamação ou toxidade ambiental.
Consumir alimentos frescos e ricos em iodo, além de iniciar uma suplementação com iodo, consumir grandes quantidades de vegetais marinhos como spirulina, hijiki, wakame, arame, dulse, nori e kombu, todos ricos em nutrientes benéficos para a tiróide. Porém, é importante garantir que esses produtos não foram retirados de águas poluídas. A dose recomendada é de cinco gramas por dia. Ovos também contêm iodo.
Prestar atenção em aspectos importantes da dieta. Consumir castanha do Pará, que é rica em selénio. Consumir também alimentos ricos em vitamina A e ómega 3. Evitar alimentos e bebidas que contenham soja ou glúten.
Diminuir níveis de stress. Meditar, fazer pausas no trabalho.
Limitar exposição a toxinas. Filtrar o ar e a água e evitar contacto com agentes contaminantes. Sessões de sauna com infravermelho podem ajudar o corpo a combater infecções e toxinas de metais, petroquímicos, pesticidas e mercúrio. A ingestão de chlorella para desintoxicação também é recomendada.
Evitar todas as fontes de bromo. O bromo prejudica o sistema endócrino e está presente em muitas coisas ao redor. Apesar da proibição do uso de bromato de potássio na farinha pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o bromo ainda pode ser encontrado em alguns medicamentos, alimentos e produtos de higiene pessoal vendidos sem receita médica. Ler atentamente os rótulos dos produtos pode evitar que tenha contacto com muitas substâncias tóxicas.
Dormir pouco aumenta o stress e impede que o corpo se recupere completamente.
Exercitar. Exercícios regulares estimulam a tiróide a secretar mais hormonas e aumentam a sensibilidade de todos os tecidos a eles. Acredita-se, inclusive, que muitos dos benefícios dos exercícios se reflectem em um melhor funcionamento da tiróide.