Primeiros sintomas da diabetes


A diabetes mellitus é a doença causada pelo excesso de glicose (açúcar) na corrente sanguínea. Existem basicamente dois tipos de diabetes: diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2 e ainda a diabetes gestacional.

- A diabetes mellitus tipo 1, é uma doença crónica que ocorre quando o pâncreas produz muito pouca ou nenhuma insulina, (células beta do pâncreas destruídas). A insulina é uma hormona que ajuda as células a absorver e utilizar glicose dos alimentos. Sem insulina, os níveis de glicose tornam-se mais elevados que o normal.

- A diabetes mellitus tipo 2, é uma doença crónica que ocorre por uma combinação de produção insuficiente de insulina e resistência do organismo à mesma. Explicando melhor, o paciente produz menos insulina do que deveria e ela ainda funciona mal. A diabetes tipo 2 está intimamente ligada ao sedentarismo e ao excesso de peso.

SINTOMAS DA DIABETES NA FASE INICIAL

1: excesso de urina

O excesso de urina, chamado em medicina de poliúria, é um dos primeiros sinais e sintomas do diabetes. Quando há uma elevada concentração de glicose no sangue, geralmente acima de 180mg/dl, o corpo precisa arranjar meios de eliminar este excesso. O caminho mais fácil é pelos rins, através da urina. Como não podemos urinar açúcar puro, o rim necessita de dilui-lo com água para poder eliminá-lo. Portanto, quanto maior for a glicemia (concentração de glicose no sangue), mais urina o paciente eliminará.

2: sede excessiva

Se o paciente diabético urina em excesso, ele perderá mais água do que era suposto, ficando desidratado. A sede é o principal mecanismo de defesa do organismo contra a desidratação.

O paciente diabético que não controla sua glicemia, seja por má aderência ao tratamento ou simplesmente porque ainda não descobriu que tem diabetes, acaba por entrar em um ciclo vicioso. O excesso de glicose aumenta a quantidade de água perdida na urina, fazendo o paciente urinar com grande frequência. A perda de água causa desidratação, que por sua vez desencadeia uma sede excessiva. O paciente bebe muita água, mas como a glicose continua muito alta no sangue, a necessidade de urinar é frequente.

3: cansaço

O cansaço crónico é outro sintoma comum da diabetes e ocorre por dois factores:

a. Pela desidratação: explicada no tópico anterior.

b. Pela incapacidade das células em receber glicose: a glicose é a principal fonte de energia das células; é o combustível do nosso organismo. Quem promove a entrada de glicose do sangue para dentro das células é a insulina, que no diabetes tipo 1 é inexistente e no diabetes tipo 2 não funciona bem. Portanto, a diabetes mellitus caracteriza-se essencialmente pela incapacidade do organismo em transportar glicose para as células, reduzindo a capacidade de produção de energia do corpo.

4: perda de peso

A perda de peso é um sintoma muito comum na diabetes tipo 1. Pode também ocorrer na diabetes tipo 2 mas não é tão frequente.

A insulina, é a hormona responsável pelo armazenamento de gordura e pela síntese de proteínas no organismo. Como na diabetes tipo 1 há ausência de insulina, o paciente pára de armazenar gordura e de produzir massa muscular. Além disso, como não há glicose para gerar energia, as células acabam tendo que gerá-la a partir da quebra de proteínas e dos stoks de gordura do corpo. Assim, um organismo sem produção de insulina não gera massa muscular nem gordura, logo, precisa consumir as reservas existentes.

Como na diabetes tipo 2 há insulina circulante, estes efeitos são menos evidentes. Além disso, na tipo 2 a resistência à acção da insulina vai se estabelecendo lentamente ao longo dos anos, ao contrário da diabetes tipo 1, que cessa a produção de insulina de modo relativamente rápido. Na verdade, a diabetes tipo 2 está associada ao excesso de peso, que é a principal causa da resistência à insulina.

5: fome excessiva

Como as células não conseguem glicose para gerar energia, o corpo interpreta esse facto como se o paciente estivesse em jejum. O organismo precisa de energia e o único modo que ele conhece para obtê-la é através da alimentação.

É uma das características do emagrecimento causado pela diabetes apesar do paciente se alimentar com frequência. A glicose ingerida não é aproveitada e acaba sendo expelida através da urina.

Na diabetes tipo 1 inicialmente há aumento de fome constante, mas em fases mais avançadas o paciente torna-se anorético, o que contribui ainda mais para a perda de peso.

6: visão embaçada

Um sintoma muito comum da diabetes é a visão turva. O excesso de glicose no sangue causa um inchaço do cristalino, a lente do olho, mudando sua forma e flexibilidade, diminuindo a capacidade de foco, o que torna a visão embaçada. A visão costuma ficar turva quando a glicemia está muito elevada, voltando ao normal após o controlo da diabetes.

Esta alteração nos olhos não tem nada a ver com a retinopatia diabética, a complicação oftalmológica que pode surgir após anos de diabetes. 

7: cicatrização deficiente

O excesso de glicose no sangue, quando corre de modo crónico, causa inúmeros distúrbios no funcionamento do organismo. A dificuldade em cicatrizar feridas ocorre por uma diminuição da função das células responsáveis pela reparação dos tecidos, diminuição da proliferação celular e dificuldade em gerar novos vasos sanguíneos.

8: infecções

Assim como explicado no tópico acima, a diabetes também leva a distúrbios no sistema imunológico, alterando o funcionamento das células de defesa. O diabético pode ser considerado um paciente imunossuprimido e apresentar um maior risco de desenvolver infecções, nomeadamente infecção urinária

9: cetoacidose diabética

A cetoacidose diabética é uma complicação da diabetes tipo 1, sendo muitas vezes o primeiro sinal da doença. Como há ausência de insulina, as células não recebem glicose e precisam arranjar outra fonte para gerar energia. Como já explicado acima, a solução é queimar gordura e massa muscular. Acontece, que estas duas fontes alternativas não geram tanta energia como a glicose, agravando o quadro clínico produzindo uma quantidade imensa de ácidos (chamados de cetoácidos), o que leva à cetoacidose.

A cetoacidose diabética costuma ocorrer quando os níveis de glicose no sangue ultrapassam os 500mg/dl, passando estes níveis a ser uma emergência médica! Acima destes níveis, o pH do sangue desce para níveis perigosos, podendo levar à morte. Os sinais e sintomas da cetoacidose são náuseas, vómitos, dor abdominal, confusão mental, prostração e dificuldade respiratória.


::: As informações contidas nestas páginas são resultado de pesquisas bibliográficas desenvolvidos pelo autor. Contudo, não deverão ser usadas como diagnóstico, pois cada caso terá a sua especificidade. Consulte sempre um profissional de saúde. ::: www.facebook.com/alquimiadoeu.eu  :  miguel.laundes@gmail.com  :  © Miguel Laundes, 2022
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