Linfócitos, tipos e funções


Os linfócitos são um tipo de leucócitos (glóbulos brancos) que actuam na defesa do nosso organismo contra microrganismos potencialmente perigosos para a nossa saúde.

Existem 3 tipos de linfócitos: Linfócitos B, T e NK.

Os linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos (como bactérias, vírus e outras toxinas), iniciando o processo de activação do sistema imunitário.

A vigilância imunitária consiste no reconhecimento e na destruição de células anormais. Quando o nosso organismo detecta a presença de células anormais, reconhecidas como estranhas, uma vez que têm antigénios superficiais diferentes dos das células normais, desencadeia uma resposta ao nível do sistema imunitário de modo a conseguir eliminá-las.

A protecção do organismo contra estas células é realizada directamente pelos linfócitos T.

Os valores de referência dos linfócitos são 1,00 - 3,20 (10^9/L), ou seja, entre 1000 e 3200 por milímetro cúbico de sangue.

QUAL A FUNÇÃO DE CADA UM DOS 3 TIPOS DE LINFÓCITOS

Cada linfócito produz uma só imunoglobulina (anticorpo), diferente da dos outros linfócitos. Quando um linfócito reconhece um antigénio (molécula invasora à qual se irá ligar o anticorpo), é activado e entra em divisão acelerada.

Cada "célula filha" será específica para o mesmo antigénio reconhecido pela "célula mãe". Após activação iniciam a resposta imunológica, e outros ficam de reserva como memória imunitária.

LINFÓCITO B

Provenientes da medula óssea, representam cerca de representam 5% a 10% dos linfócitos. Quando activados, diferenciam-se em plasmócitos que produzem anticorpos, ajudando assim na defesa do organismo.

Os linfócitos B também se diferenciam em células de memória e, por isso, são as células que mais rapidamente respondem a uma repetida exposição ao mesmo antigénio (nos casos de varicela ou sarampo, por exemplo).

LINFÓCITO T

São originados a partir de linfoblastos na medula óssea, mesma célula que dá origem aos linfócitos B e linfócitos NK, e passam pela maturação no timo. Nesse órgão, os linfócitos T adquirem os receptores de membrana específicos CD4 ou CD8, além de um TCR. São cerca de 65 % a 75% dos linfócitos. Estas células actuam sobre as células estranhas e infectadas por vírus, direccionam a resposta imune e mantêm a resposta imune controlada (impedem o desenvolvimento de doenças auto imunes, fazendo com que os glóbulos brancos não combatam células do próprio organismo).

CÉLULAS NK (NATURAL KILLERS)

Representam cerca de 10% a 15% da população total de linfócitos circulantes. Tal como o nome indica, natural killers, estas células já estão naturalmente preparadas para matar as células que poderão ser prejudiciais ao nosso organismo, sejam elas células cancerígenas ou microrganismos invasores, como os vírus. Ao contrário do que acontece com os outros tipos de linfócitos, B e T, que necessitam de um processo prévio de maturação.

Assim, têm como alvo, células neoplásicas (tumorais) e protegem contra uma ampla variedade de microrganismos infecciosos.

COMO É REALIZADO ESTE PROCESSO

A produção de anticorpos dá-se nos gânglios linfáticos, que ficam hipertrofiados devido à multiplicação dos linfócitos activados. Os anticorpos formados são libertados no sangue ou na linfa circulando até ao local da infecção.

Nem todos os linfócitos B estimulados se diferenciam em plasmócitos. Muitos constituem células de memória, células com um prazo de vida bastante alargado que ficam inactivas, mas prontas a responder rapidamente caso o antigénio venha a reaparecer no organismo.

LIGAÇÃO ANTIGÉNIO-ANTICORPO

  • Cada anticorpo é capaz de se combinar quimicamente com o antigénio que estimulou a produção desse anticorpo.

  • A especificidade está relacionada com as estruturas químicas do antigénio e do anticorpo.

  • Em relação à estrutura de um anticorpo podemos dizer que os anticorpos pertencem a um tipo de proteínas que tem uma estrutura globular, sendo também designadas por imunoglobulinas. São representados convencionalmente em forma de Y.


::: As informações contidas nestas páginas são resultado de pesquisas bibliográficas desenvolvidos pelo autor. Contudo, não deverão ser usadas como diagnóstico, pois cada caso terá a sua especificidade. Consulte sempre um profissional de saúde. ::: www.facebook.com/alquimiadoeu.eu  :  miguel.laundes@gmail.com  :  © Miguel Laundes, 2022
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